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Yanko e Mirtra.jpg

Capítulo VIII
A menina e o monstro

As minas tinham uma formação geométrica, com salas quadradas e corredores retangulares, bem definidos e padronizados. Os Cavaleiros da Luz avançam sala a sala, cuidadosamente, usando as habilidades de Avatar de Bartholomeu, que enviava ondas sísmicas para as salas seguintes esperando uma resposta do solo para poder avaliar se havia ou não perigo por perto, como um sonar.

As minas não pareciam estar ocupadas, apesar do grupo ter sido alertado por Mirtra de que o local estava interditado por ter uma grande quantidade de Toupeiras Vendianas no local. Porém, o primeiro inimigo que apareceu foram alguns mineradores clandestinos, que o grupo aniquilou com bastante facilidade.
Bob, o 502, fez seu trabalho, apontando as paredes que eram boas para mineração e extraindo o máximo de Celestitas que podia. O resto do grupo, por sua vez, seguia as orientações e também mineravam as paredes sempre que podiam. Eles já tinham uma quantidade razoável de Celestita no bolso quando decidiram adentrar mais a fundo na mina para buscar mais recursos, ou quem sabe, espólios.

O segundo subsolo, porém, apresentava uma aparência diferente do primeiro. As paredes estavam bifurcadas e o teto tinha buracos, por onde entrava luz. Conforme eles adentravam no local, perceberam que a mina não era mais um sítio de escavação, e sim um ninho de uma feroz criatura.

No centro da maior sala que eles encontraram enquanto exploravam, havia um baú de pedra com um grande carregamento de Celestita, que, ao ser aberto, despertou a ira da criatura, que estava por perto. A criatura deu um enorme rugido e, no susto, o grupo pegou o que suas mãos alcançaram e dispararam para a saída da mina. 
Conforme corriam e olhavam para trás para tentar ver o que os perseguia, notaram um enorme dragão azul com escamas brilhantes.
Com muito sufoco, o grupo escapou da mina, porém o dragão havia terminado de desabar o teto e agora estava solto, assolando os pés da montanha. O desespero gerou uma grande correria, onde pessoas esbarravam uma nas outras. O grupo de heróis agora se via tentando subir a montanha para chegar até Mirtra, porém, no meio do caminho, foram avistados pelo dragão, que desceu rasante para abocanhar aqueles que haviam revirado os seus espólios. O grupo consegue esquivar enquanto Albafica, que se prendeu em uma das patas do dragão durante o rasante, tenta, em vão, causar algum dano na criatura. 
A equipe de defesa dos Vendianos dispararam canhões de pressão na criatura, para que ela fosse embora. A tentativa foi um sucesso e o monstro levantou voo até que todos perdessem-no de vista.

O grupo agora tinha o caminho livre para levar os minérios até Mirtra. 

Ao chegar na casa de Yanko, o local havia sido revirado e seus documentos estavam todos espalhados pelo chão. O grupo começa a investigar o que pode ter acontecido por ali e, lendo as cartas que Yanko escreveu para si mesmo (como diários ou lembretes), percebem que ele estava tentado a usar sua filha como container para o Granálcool. Esta ideia surgiu de testes bem sucedidos em criaturas vivas que estavam sendo feitos clandestinamente por Yanko. A sua pesquisa já estava indo longe demais, aos olhos do governo Vendiano, que até mesmo seus patrocinadores haviam abandonado o projeto.

Eles descobrem a sala secreta de Yanko e, ao entrarem, se deparam com um quarto cheio de sangue, pedaços de corpo humano no chão, e um Yanko fora de si, contemplando seu experimento enquanto lamentava a morte de sua filha, que havia sido totalmente absorvida pelo Granálcool.

Albáfica pega Yanko pelo colarinho e desfere um golpe, envolto em raiva e ódio, porém o grupo decide poupar o cientista e entregá-lo para as autoridades.

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