ARCO II - CAPÍTULO III
O Rompe Marés
O grupo viajou por mais algumas longas horas usando o carro, chegando finalmente no Estreito de Oz, a única passagem que dava acesso ao Cais de Murada. O calor praiano era grande mas não foi o bastante para fazer o grupo tremer ao ver as altas montanhas de pedra estarem cercadas por vários piratas, bandidos comuns no Estreito. Os Cavaleiros da Luz iniciam uma fuga a toda velocidade por meio da passagem, desviando de pedras e perdendo o controle do carro, fazendo com que ele colidisse com um muro alto, fazendo com que o grupo ficasse cercado pelos mal feitores. A batalha foi sangrenta, com uso de armadilhas, mas nenhum ferimento grave foi feito no grupo de Avatares. Eles então ligam o carro novamente e finalizam sua viagem até o cais.
Chegando na beira das águas do mar de ferro, eles avistam uma embarcação abandonada (possivelmente era dos bandidos que tentaram roubá-los) e começam uma investigação a bordo para encontrar mantimentos ou qualquer coisa util e de valor. Em uma área voltada para prisioneiros e rebeldes, eles encontraram Akira Moon, uma bucaneira que havia sido presa após entrar clandestinamente no navio.
Ao voltarem para o convés, o grupo encontra novamente Concharco, o seguidor de Mayim (e seu fiel servo), informando que aquele era o Raio Negro, o navio mais rápido de toda a costa imperial. Concharco e seus companheiros haviam tomado o navio logo que chegaram ao Estreito de Oz, pois sabiam que Mayim e o grupo precisariam cruzar o mar de ferro para chegar até a Ilha da Perdição. Fiel e astuto, Concharco havia esperado que esvaziassem o navio para que ele e seus companheiros entrassem lá e tomassem a embarcação.
O grupo rebatizou o navio, de "Raio Negro" para "Rompe Marés".
Viajando com o Rompe Marés, o grupo chega na Ilha da Perdição com a ajuda da bússola de concharco após alguns dias em alto mar. A Ilha da Perdição era uma pequena ilhota, um amontoado de terra e areia cercado por altas montanhas. Ali em algum lugar estava tanto o Machado da Perdição quanto a Pérola Eterna. Eles decidem então contar com a Mayim para procurar os itens em baixo da água antes de traçarem um plano de como iriam retirar o machado e a pérola de lá. Ao localizar facilmente o machado encrostado em alguns recifes no fundo do mar que cerca a ilha, Mayim então mergulha uma vez mais, desta vez com Albáfica, para que eles consigam recuperar os itens.
Albáfica e Mayim recuperam tanto o Machado da Perdição quanto a Pérola Eterna com sucesso, mas não conseguim abrir a concha que protege o artefato. Após alguns momentos refletindo sobre a lenda da Pérola, Concharco entende que o sacrifício do amor é necessário para que a concha possa abrir, e que fora assim, cego de amor, que o homem da lenda perdeu sua vida tentando abrir a concha.
Concharco, com todo o seu amor pela sua Rainha Mayim, deixa que o Machado da Perdição drene toda a sua vida para que a concha pudesse ser rompida. Em um golpe estrondoso, o ultimo de sua vida, o servo consegue recuperar o artefato, custando-lhe a vida.
O triste momento não pode sequer ser sentido, não tiveram tempo para o luto, já que no momento em que a concha foi aberta, Leviathan, um dos protetores da Ilha da Perdição, emerge das águas para atacar o grupo.
Após uma feroz e difícil batalha, o grupo consegue finalmente derrotar a serpente marinha e colocar as mãos na Pérola. Instantes depois, a água em volta da ilha baixou, fazendo com que o Rompe Marés, que estava longe da ilha para que não encalhasse, ficasse isolado do grupo, separado por uma densa parede de rochas que emergiu após o nível da água baixar.
Próximo a Ilha, antes escondido pelas águas, um portal mágico surge, prometendo levar o grupo para o Mar de Kraken, finalmente.
Naquele dia, o jornal continha matérias sobre "A nova sentença de Barion Rosenberg", "Ampliados avistados no Mar de Ferro" e "A verdade por trás dos Ampliados".