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ARCO II - CAPÍTULO I
A Pérola Eterna

Era uma manhã ensolarada. Os Cavaleiros da Luz acordaram e desceram para a sala de estar de uma hospedaria, onde ficaram pensando em sua próxima estratégia. Mayim, desesperada pelo seu povo, queria voltar para o Mar de Kraken o quanto antes, pare entender o que houve durante o ataque dos Ampliados e, se possível, ajudar a reerguer Atlântida.

Em meio a discussão e ideias de qual seria o melhor a fazer naquele momento, um Marino chamado Concharco, que estava na mesma hospedaria (coincidentemente?) que os Cavaleiros, ouviu a conversa e, intrigado sobre como Mayim conseguiria ir até Atlantida junto de mais três terrestres, contou sobre a lenda da Pérola Eterna.

A LENDA DA PÉROLA ETERNA

 

Era uma vez, um pescador que se apaixonou por uma marina sereiana.

Por conta de suas limitações raciais, ela não podia ir para a terra e tampouco o pescador para o mar.

Foi então que a sereiana, ao lembrar de uma lenda contada por sua avó, contou a ele sobre a Pérola Eterna, uma joia rara que garante ao portador total proteção embaixo d'água, porém, para que o portador consiga usá-la, ele precisa abrir o objeto que esconde a pérola. Este objeto era chamado de Concha da Perdição.


A Concha da Perdição era extremamente resistente, suportando o peso do mar em suas dobras por várias e várias vidas. Toda essa resiliência fez com que a concha se tornasse muito difícil de ser quebrada ou aberta. Até que um antigo viajante teve a ideia de criar um machado e deixá-lo cultivar as mesmas condições que a pérola sofria dentro do mar, pois se a pérola criou toda essa força, o machado também criaria.


O pescador então decide procurar o martelo. Ele andou por todos os cantos de Gaia, mas infelizmente sua sorte foi menor que seu cansaço. Adamania então, que já estava observando aquele pescador vagando e vagando à semanas, prestando atenção na angústia que o homem carregava, emergiu da terra e perguntou qual era o problema.

O pescador contou sobre sua amada, sobre sua dor e sobre o machado.

A Deusa, em sua misericórdia, usando o solo onde eles pisavam, criou um grande machado de Rochas, rígido como o mais duro dos diamantes, e o abençoou com um brilho divino.

O pescador, feliz, voltou até o lago onde sua amada o viu pela última vez e mostrou o machado.

Ela então o convidou a entrar na água e nadar até o local onde a Concha da Perdição repousava. O pescador nadou, nadou e nadou, e com muito esforço chegou até a concha.


Quase sem ar, ele golpeou com força a Concha que rachou em seu fecho. Ele martelou uma segunda vez e a concha abriu um pouco, mas ainda não era possível colocar sequer um braço na fresta criada.

Antes da terceira martelada, a água inundou o pulmão do pescador, que morreu tentando conquistar a eternidade ao lado do seu amor. A sereiana, ao ver a cena, nadou até a superfície do lado e chorou em luto. Foram tantas as lágrimas da sereia, que o lago ficou maior e mais fundo, escondendo mais ainda a Concha da Perdição, para que ninguém mais ousasse apostar a vida do seu amor com a morte ou a sorte.


Com a ideia de usar a Pérola Eterna para que o grupo pudesse respirar em baixo d'água, eles decidiram que marchariam até até o lago da Perdição para encontrar mais pistas sobre o artefato. Antes de saírem da cidade, deram uma última olhada no jornal para atualizarem-se das últimas notícias e paginaram os classificados em busca de algum serviço que pudesse ser feito (e o fizeram. Decidiram ajudar o ferreiro a repor o estoque de ferro, e sucederam, não sem antes criarem uma depressão nos terrenos em volta de Murada, mudando a geografia do local).

Após coletarem as recompensas, decidiram migrar para o Lago da Perdição, não sem antes darem um passada em Garônia, a pedido de Anakin, que já não via sua cidade natal e seu mestre há um tempo...

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