ARCO II - FINAL
Escolha bem as suas batalhas
O grupo se dividiu em duas partes, onde uma foi até a sala das máquinas com o Regente e a outra ficou na ponte para proteger os convidados e tripulantes que lá estavam. Ao descer as escadarias de metal que levavam até a sala de máquinas, Albáfica, Anakin, Kai (a pedido de Mayim) e Akira se viram em uma espiral de ferro que se estendia por mais de quatro andares, intercaladas por corredores extensos onde ficavam os alojamentos dos convidados e tripulação. A descida foi tranquila até chegarem no penúltimo andar, onde uma escuridão repentina abraçou a mente dos heróis e os confinaram em um pesadelo que mostrava as suas piores frustrações e vivências na vida.
Anakin viu chuva de Garônia cair por um vilarejo destruído e sem vida. Corpos mutilados e despedaçados, um vento frio soprando um fogo fraco que queimava casas de madeiras, seus pais mortos no chão. Para Albáfica, uma vasta planície vazia com rosas vermelhas se estendia pela escuridão. Um vulto, fraco e caído, era avistado ao longe. talvez aquele fosse seu mestre, mas estava muito longe para se ver, realmente longe. Inalcançável. Ele estava sozinho naquela imensidão carmesim. Akira por sua vez estava em meio a uma incursão de Zestos, que cortavam caminho por Matadentro, avistando a própria imagem de Oju e dos Ampliados enquanto eles dizimavam sua família e seu povo. O último massacre dos Ampliados antes do principal embate contra o grupo, em Correrio.
Ao perceber que estava vendo uma imagem que não fazia parte de suas memórias, Anakin consegue desfazer a magia e voltar ao normal, ajudando os outros aliados que estavam em transe. Os olhos foscos e negros de Albafica, Akira, do Regente Cid e dos guardas da ponte voltaram ao normal no último instante, criando uma pequena brecha para que eles pudessem se preparar para o combate contra as sombras vivas.
Eram minions, fáceis de derrotas, então eles foram abrindo caminho até chegar finalmente na sala das máquinas, onde o verdadeiro inimigo estava á espreita.
Ainda na ponte, Mayim e Bartholomeu travavam sua própria batalha mental enquanto viviam os seus próprios pesadelos em suas mentes ocupadas pela escuridão. Mayim, sentia seu corpo submerso em Atlântida, olhando o Rei Tritão enfrentar uma legião de combatentes Zestos e Vendianos, tomando tiros e pontadas de lanças. Quanto mais inimigos ele vencia, mais inimigos entravam na sala do trono para derrubá-lo, até que ele cai morto, empalado por armas e diversos furos de projéteis. Já Bartholomeu estava de volta nas minas de Pedra-Granada, minerando em seu dia-a-dia, quando um grupo de assassinos Zestos invadiram a ilha usando barcos pequenos e massacraram todos os mineradores e trabalhadores do local. Os corpos de seus amigos empilhados em uma parede de cadáveres dentro da mina, servindo de aviso para quem quisesse usufruir dos tesouros do local.
Ao acordarem do pesadelo, os dois se viram cercados por sombras vivas, obrigados a lutar para salvar eles mesmos e os outros tripulantes que ainda estavam em transe, com seus olhos negros e foscos. A luta foi facilmente vencida, porém, eles notaram que a crise na sala de máquinas estava pior quando o nariz da Barca Estelar, uma grande redoma de vidro que servia como um grande para-brisa para a ponte, inclinou-se mais ainda a ponto de mirar a direção do chão. Nesta altura, a velocidade da queda já estava mais do preocupante, tornando iminente uma colisão com o solo e causando uma tragédia gigantesca. Kai então surge em meio à escuridão, retornando da sala de máquinas a pedido do resto do time e informando Mayim de que a situação lá em baixo está bastante crítica. Os dois então decidem descer para ajudar o resto do time.
Cid, Anakin, Akira e Albáfica finalmente chegam até a sala das máquinas, que agora era uma verdadeira visão de uma carnificina pura. As paredes, o chão, o maquinário, tudo estava ensanguentado, com pedaços de corpos pendurados pelos canos e tubulações. O vapor quente das máquinas emitiam um forte cheio de carne cozida e sangue. Os guardas avistaram o motor danificado e condenaram o seu funcionamento após uma inspeção, porém, quando o grupo estava saindo da sala, uma das três sombras de Barion, a Ira, emerge de um dos cantos escuros da sala das máquinas. Albáfica, em uma rápida iniciativa de cessar o perigo com um único golpe, avança para cima da sombra mas é impedido ao ser segurado pelo pescoço pelo seu próprio alvo e arremessado para longe. Mayim e Bartholomeu chegam ao local onde o resto do grupo e o inimigo estão e finalmente um combate implacável entre os Cavaleiros da Luz e a sombra de Barion tem inicio.
A luta foi cansativa e prolongada. O inimigo implacável era um oponente difícil por si só, mas a situação só piorava com o fato de que ao passar do tempo a Barca Estelar se aproximava cada vez mais do chão. Em meio ao combate, o grupo decide bater em retirada para não serem mortos na queda. Incansavelmente, tentam deter a Ira de Rosenberg ao mesmo tempo que pensam em uma alternativa que os tirassem dali inteiros e então, após diálogos nos intervalos do brandir dos aços, Mayim canaliza sua magia e consegue teletransportar o os que estavam ali presentes para fora da Barca, deixando a Ira de Rosenberg, os inimigos e o resto da tripulação que não conseguiu seguir nas cápsulas de escape, colidirem junto com o aeróstato e carbonizarem na explosão.
O grupo caminha até o local da explosão com Cid e os demais. O Regente discursa contra o inimigo, informando a todos os sobreviventes ali presentes que esse era apenas o início dos planos de Oju para acabar com qualquer oposição ao seu objetivo de cobrir Gaia em trevas.
Finalmente certos do caminho que deveria ser seguido, os Cavaleiros da Luz então decidem não enfrentar a tirania de murada e sim marchar contra Oju, na Segunda Guerra Divina.