GENESIS
Esta página ajudará vocês a entender melhor o mundo de Gaia, seus acontecimentos, seus povos, regentes, representantes e suas divindades.
O INICIO DE TUDO
A SOLIDÃO NAS TREVAS, O TEMPO E A LUZ
A Escuridão foi a primeira a surgir. Não se sabe de onde ela veio, mas ela estava lá, e desde sempre. A Escuridão era um ser ganancioso, faminta por espaço, abraçava todo e qualquer lugar que tocava, tornando-se tudo o que havia e o que estava por vir.
O Tempo, o segundo ser que surgiu não se sabe de onde, decidiu castigar a Escuridão pelo que estava a fazer, e fadou o primeiro a sentir a eternidade dentro do infinito de trevas que ela estava criando.
No início, a Escuridão achou que o tempo fosse tolo, pois o que ela queria era se apropriar de tudo até o sempre, porém, com o passar das eras, ela se sentiu mais e mais sozinha. Ela então pediu paz ao tempo, e em troca ela devolveria todo espaço que havia tomado. O Tempo achou um trato justo e logo acabou com a eternidade de solidão enquanto a Escuridão encolhia e encolhia cada vez mais.
No final, o espaço ressurgiu trazendo consigo outro ser, o terceiro: A Luz.
A interação entre a Escuridão e a Luz era mágica e gerava vida de todas as formas e em todos os lugares. Um enorme espaço misto de brilho e treva, que eventualmente ficou conhecido como "o Cosmos", trazia consigo minúsculas pedras, explosões de claridades imensas seguidas de um breu, pequenos amontoados de minérios em formas circulares orbitando de forma ordenada, sempre nos mesmos lugares, girando sobre si mesmos e ao redor dos outros. O Cosmos estava ganhando vida e gerando vida, e o local mais vívido que havia naquele meio foi batizado de Gaia.
GAIA, O PLANETA MAIS AMADO
Gaia é a o planeta onde se passam as histórias das Guerras Divinas.
Esse planeta era tão cheio de vida que não demorou muito para despertar o interesse dos Primeiros, tornando-se assim um planeta admirado pela Luz.
Cheio de vida, raças, lugares e belezas, Gaia encantou a divindade justamente por ser diferente de tudo o que ela havia visto. Suas terras eram vastas, suas águas profundas, os ventos uivavam forte e o fogo queimava intensamente. Um ecossistema perfeito que trazia consigo a vida e a morte, harmoniosamente, de tudo o que ali havia.
Deslumbrada, a Luz visitava Gaia quando a escuridão não estava olhando, e durante os dias em que lá estava, também de forma inconsciente, dava vida à fauna e flora ao brincar com os elementos. Algumas formas de vida eram inanimadas, mas belas, como as matas e florestas, corais e recifes, microrganismos que necessitavam do calor ou de oxigênio para se manterem vivos. Mas também houveram outras formas de vida, mais evoluídas. O planeta estava tomando uma outra forma.
Sentindo toda essa mudança, os principais elementos de Gaia decidiram manifestar-se para interagir com a Luz. Sua intenção era simples: Adorar a divindade e cuidar de tudo o que a ela havia criado. Eles imitaram a forma da Luz, com seus dois braços e duas pernas, seu forte tronco e rosto parecido com o de humanos, porém cada um dos elementos adicionou características que representavam a si mesmos de forma única.
A Água se envolveu em tentáculos. Dessa forma, ela podia cuidar melhor dos oceanos profundos, onde havia criaturas perigosas que a Luz não conseguia alcançar. O Fogo se envolveu em um ardor intenso que cobria todo o seu corpo, suas chamas eram tão belas que a Luz sempre aparecia quando ele decidia se mostrar. A Terra se envolveu em vinhas e plantas para sentir em seu corpo mais uma vez a ação da Luz dado a vida no solo.
O Vento abriu asas imponentes em suas costas, para que ele pudesse voar para qualquer lugar que a Luz tocasse.
Ao conhecerem a luz pela primeira vez, os elementos sentiram um amor enorme por sua criadora, e nenhum dos quatro conseguia sair de perto da divindade. Foi então que o mundo começou a ruir.
Digladiando-se pela atenção da Luz, os elementos criavam catástrofes em Gaia que afetavam a vida do planeta. Maremotos, decorrentes das discussões da Água e do Vento, devastaram vilarejos. Erupções, causadas pelas fortes brigas do Fogo e da Terra, varreram florestas por todo lugar.
Foi então que eles decidiram se separar e apenas admirar a Luz, poupando Gaia de sofrer um destino catastrófico.
Cada elemento se isolou em um canto de Gaia e cuidou e fez o melhor para prosperar a criação da Luz com todas as suas forças. Por conta disso, os povos que iam surgindo e migrando para estes cantos onde os elementos estavam isolados, começaram a adorá-los como se fossem Deuses, e esse amor acabou criando uma outra variação das divindades: Os Ícones.
Ícones são seres meio mortais meio divinos, nascidos de mãe mortal, que tem a benção e o poder dos elementos. O que os povos não sabiam é que os Ícones tomavam o lugar dos elementos assim que eles nasciam, já que as águas, o fogo, a terra e o vento obedeciam a um mestre de cada vez. Os primeiros ícones eram Agni, que representava o Fogo, Atlantida, que representava a Água, Anemo, que representava o vento e Adamania que por sua vez representava a Terra.
Os Ícones naturalmente viraram governantes de seus povos e seus devotos aos poucos foram aparecendo, e conforme os anos passavam, as cidades prosperavam e aderiam cada vez mais às vontades de seus Ícones.
Aquela paz que habitou Gaia anos atrás estava sendo substituída por dogmas e políticas de suas igrejas, e a Luz, que nunca havia parado de visitar seus adoradores, agora estava triste com o que presenciava. Era hora de voltar para os braços da escuridão.
A GUERRA DIVINA
Era difícil para a Escuridão entender como a Luz, a sua outra metade, havia decidido sair e depois voltou fraca, sem forças e triste. Lembrando do tempo em que era apenas uma e vendo a Luz perder seu brilho aos poucos, a Escuridão se sentiu traída e decidiu apagar a Luz, fazendo com que tudo voltasse a ser como era desde o início. Como consequência deste conflito, Gaia foi envolta em uma Longa Noite e os Ícones começaram a sentir medo pela primeira vez.
Com a Longa Noite, a vida em Gaia parou de surgir, e a vida que já existia começou a sumir mais rapidamente por conta da intervenção divina. Este fenômeno criou a Morte, Ceifadora de tudo que há, que começou a consumir tudo em uma velocidade assustadora.
Os Ícones decidiram então agir para pôr um fim a Longa Noite e trazer a Luz de volta.
Usando todo o seu poder, eles viajaram até o infinito, lugar onde a Escuridão habitava agora, e a desafiaram para um confronto que valeria o futuro de Gaia.
A Escuridão havia tomado tanto do que havia que seu poder estava em um nível que imensurável.
Os Ícones sabiam que seria uma batalha difícil, mas nunca pensaram em desistir ou abandonar uns aos outros. A intensa batalha parecia o fim dos mundos. Ataques combinados dos elementos criavam desastres naturais que acertavam a escuridão, mas ela conseguia absorver tudo o que recebia. Vencer parecia impossível.
Sentindo-se derrotados, os Ícones se juntaram uma última vez, com o resto de suas forças, e em uma tentativa desesperada dispararam um último golpe para tentar de alguma forma causar algum impacto na Escuridão.
Uma explosão de brilho seguida de trevas tomou todo o Cosmo. Os olhos de quem assistia ficaram ofuscados pela penumbra, mas logo se espantaram com o que veio a seguir. Milagrosamente, assim como na primeira vez, a Luz ressurge após o recuo das trevas, pronta para enfrentar a ira da Escuridão junto dos seus amados.
A ira da Luz gerou uma supernova forte o bastante para inibir os poderes da Escuridão.
Fraca, a Escuridão não conseguia mais absorver os golpes que sofria e nem tudo o que ali havia, e sua derrota veio naturalmente.
A vitória sobre a Escuridão acabou com as trevas e a Luz, se sentindo mais amada do que nunca, decidiu voltar a visitar Gaia. Aos vencedores, foi concedida a oportunidade de ascender ao panteão e viver ao lado da Luz, tão amada, para toda a eternidade, oportunidade que foi aproveitada sem os quatro guerreiros pensarem duas vezes.
A PRIMEIRA CALMARIA E AS CONSEQUENCIAS DA GUERRA
Com a ascensão, as responsabilidades dos Ícones, agora reais divindades, não permitiam que eles retornassem aos seus povos e continuassem seu governo. Com isso, as cidades e vilarejos agora eram regidas por homens.
A Morte, que havia sido criada por conta da intensidade das Trevas em Gaia, estava mais fraca, mas sua presença nunca havia sumido. Muitos povos entendiam que a Morte era necessária para que o equilíbrio exista em Gaia, pois para estes seguidores, a Luz poderia partir novamente como fez um dia, o que acabaria com os recursos do planeta e dificultaria a sobrevivência das espécies.
Em contrapartida, o retorno da Luz junto dos poderes dos Ícones deu origem à Vida, aquela que tudo cria, e quanto uns acreditavam que era o dever da Morte tirar de nós, outros cultuavam a Vida em agradecimento a tudo o que ela dava.
Por fim, sem os elementos vivendo em Gaia e os Ícones sem poder retornar, a Luz permitiu que eles fracionassem seu dom e enviassem, uma vez por época, para um Avatar. Este Avatar seria a representação dos elementos em Gaia, como os Ícones foram um dia.
Mesmo depois de banida pela Luz e os Ícones, a Escuridão resistiu em alguns corações que ainda cultivavam as trevas depois do período das longas noites. Assassinos, saqueadores, estupradores, carrascos, senhores de terras que praticavam a escravidão, todos eles tinham em si um pouco do que a Escuridão precisava para ser mantida viva. Esse resquício das trevas possibilitou que ela se escondesse em Gaia. Muitas entidades surgiram com a expansão do Cosmo, que estava sendo cultivado pelos Ícones, e o Destino, um novo ser que gostava de escrever o que poderia ser um traço do futuro, havia previsto que a nova ascensão divina seria a queda da Luz e dos Ícones pelo ressurgimento da Escuridão.
Por mais que o Destino gostasse de se gabar que tudo o que ele escrevia sobre o futuro fosse verdade, o Tempo o enfrentava, já que o futuro pertencia a ele, e nem mesmo ele sabia afirmar o que estava por vir.
A profecia escrita pelo Destino foi escondida em algum lugar em Gaia, onde apenas Chronos, um guardião escolhido pelo tempo, sabia a localização. O trabalho de Chronos era proteger a profecia para que nenhum mortal em Gaia herdasse a vontade da escuridão, com a esperança de que isso diminuiria as chances de um possível retorno “forçado” da Escuridão ao seu posto.
Para o tempo, apenas o futuro, que ainda estava em branco, poderia dizer se este seria de fato o lugar que a Escuridão ocuparia em uma história que ainda estaria por vir.
O Destino acredita que a escuridão esteja escondida em Gaia em todos os locais onde a Luz não consegue alcançar, espreitando e aguardando o melhor momento de retornar.
PRINCIPAIS DIVINDADES
Escuridão
O Primeiro Ser.
Sua treva é forte e faminta, e sua sede de poder é imensa.
Luz
O Terceiro Ser.
A Luz é reconhecida por sua bondade, amor e reciprocidade.
Tempo
O Segundo Ser.
Senhor do que já foi, do que é e do que está por vir.
Adamania
O Ícone da Terra.
Senhora da fauna, do solo e do cultivo.
Agni
O Ícone do fogo.
Senhor dos moradores das terras áridas
Atlantida
Anemo
Ícone da Água.
Senhora dos devotos das marés.
O Ícone do Vento.
Senhor dos andarilhos e dos sopros de Gaia.
Morte
Vida
A primeira dos segundos Ícones.
O ceifador das vidas de Gaia.
O Segundo dos segundos Ícones.
Aquela que garante o início.